Eu só quis dizer

Dissonância em Si

“Sem música, a vida seria um erro.” – (Friedrich Nietzsche, filósofo)

Na última sexta-feira, dia 28 de Fevereiro de 2014, sofri um baque com uma atitude ingrata vinda de pessoas por quem tinha um tremendo apreço. Com a máscara do profissionalismo, a ética sucumbiu a palavras covardes, não deixando sequer a oportunidade de entender o real motivo da ação. Infelizmente, não se pode cobrar que as pessoas sejam como você acredita ser o certo, ainda mais de como o seu próximo deve ser tratado. Mesmo com essa situação extremamente chata, resolvi me voltar às palavras. Não sou sequer um escritor razoável e acredito que minha capacidade léxica seja bem limitada. No entanto sinto que as poucas e simplórias palavras despejadas nessas frases farão com que eu me sinta melhor.

A ocasião, na verdade, apesar de tola para quem está de fora é muito especial para mim. Hoje, dia 03 de Março de 2014, além de ser aniversário do meu grande tio Roberto (67 aninhos! Parabéns, tio!), é meu aniversário de 20 anos como músico! Sim! Em 1994, com apenas 13 aninhos de idade, ganhava meu primeiro violão Rei Tonante, comprado no extinto Mappin próximo à Rua Direita. Ele tinha cordas de aço com tração (extremamente) alta e eu não soube afiná-lo por, pelo menos, uns 10 meses. Na época pré-internet, era complicado conhecer pessoas que tocavam e que poderiam ensinar como afinar e tudo mais. Mas, acredito que foi o que mais despertou na paixão de querer saber sempre mais.

Há alguns dias conversei com meu amigo Fred sobre como comecei a tocar… Pegava emprestado revistinhas “Toque Fácil”, datilografava (sim, computador não era pra qualquer um) as letras e, na sequência, com uma caneta ponta-porosa, colocava as cifras precisamente sobre a posição igual à revistinha e, ao lado delas, desenha TODAS as cifras para ir guardando na memória. Há 20 anos, ao pegar esse meu primeiro violão, já saiam uns 20 acordes desafinados somente pela lembrança dos desenhos feitos nesse “sistema de estudo”.

O resto é história: algumas aulas de violão clássico, guitarra Fender Stratocaster Southern Cross (Fender brasileira fabricada pela Gianinni), palhetas, pedais, cabos, bandas, composições toscas, outras bandas, composições menos toscas, “More than words” para as menininhas, revistas “Cover Guitarra”, revistas “Guitar World” na banca próxima à ETFSP, tocar no saguão da escola, Modos Gregos, Pentatônicas (sim, aprendi fora de ordem estudando sozinho), IG&T, Blues, Jazz, mais bandas, demos, músicas próprias, lecionando música, abrindo escola de música, tocando na noite, aprendendo a cantar por não achar vocalista pra banda, CD de música própria, mais shows na noite, parceiro de composição, novo CD de música própria, fechando escola de música, instrumentos roubados em um Ano Novo, pausa na música, volta pra música, adquire novos instrumentos, novas bandas, bandas antigas voltando e, finalmente, hoje!

Apesar de (bem) resumida, essa é a descrição desses 20 anos. Diversos pontos como amizades, namoros, casamento e outras escolhas profissionais foram suprimidas, mas ainda estão nas entrelinhas (ou vírgulas, no caso). O mais engraçado é que, sinceramente, parece que foi ontem. Quando você ouve os mais velhos dizendo “o tempo passa muito rápido”, você não consegue sentir o significado disso até, como sempre digo, começar a contar histórias de, no mínimo, uma década atrás.

Bon Jovi, uma das minhas bandas favoritas, hoje é Classic Rock. Assim como The Police, Van Halen, U2, Pearl Jam, Nirvana, Soundgarden, Stone Temple Pilots, entre outras bandas da minha pré e adolescência. Assusta pensar que o “Use your illusion” do Guns n’ Roses para essa molecada de 15 anos é equivalente ao “Led Zeppelin IV” para mim. É nessas horas que essa jornada começa a tomar forma de anos, meses, dias e, se forçar um pouco a memória, horas mágicas que fizeram parte dela.

Até hoje subir ao palco gera um friozinho na barriga, mesmo tendo perdido a noção de quantas vezes fiz isso. Cada vez que tiro uma música que gosto a emoção é praticamente a mesma, com a diferença apenas da bagagem técnica adquirida ao longo desses anos. A felicidade ao fazer o último acorde de uma música e receber os aplausos é um tipo de conexão única com quem gosta daquilo que está ouvindo. Essas mágicas, apesar de soar um pouco pedante, só um artista consegue realmente sentir. Seja um pintor ao expor seu quadro, um ator ao finalizar sua peça ou filme, ou mesmo aquele cara com violão em algum barzinho que, com certeza, já foi. Só quem já esteve do lado de cá da arte consegue entender esse tipo de sentimento. E, acredite-me, não é fácil de explicar em palavras.

20 anos. Não há maneiras de definir como seria minha vida sem a música nesse tempo. A única certeza que tenho é que, sem a música, eu não existiria. Somente um reflexo tolo, frio e entediante à procura de algo que nunca conheceu.

Por isso, a todos que fizeram parte dessa minha caminhada, de forma direta ou não, meus sinceros agradecimentos pelo simples sorriso ao ouvir uma parte de mim em forma de som.

Obrigado de coração!


Em busca da infelicidade…

“Não sei qual é a chave para o sucesso, mas a chave para o fracasso é tentar agradar todo mundo” – (Bill Cosby, comediante)

E depois de mais de 2 anos, eu volto a escrever nessa birosca… Muita coisa mudou, inclusive o senhor que vos escreve… Sim! Senhor! Desde a última vez eu me casei e venho levando uma vida a dois (e muito feliz! Thank you very much!). Aí vem a pergunta: “mas, seu gordo, por que você diz que está feliz e põe um título desses?”. Pois bem, amiguinho que lê essas palavras, a verdade é que nem sempre foi assim.

Nesse últimos anos – não consigo rastrear quantos – caminhei para um estado de depressão latente, aonde nada me animava. Tinha uma família que, mesmo com problemas como todas, é ótima. Tinha diversos amigos com quem podia passar o tempo e conversar. Tinha uma namorada/noiva maravilhosa que, além de compreensiva, sempre me incentivava a crescer. Tive diversas mudanças de trabalho, mas no final, estava num emprego estável e numa empresa muito tranquila de se trabalhar. No entanto, nunca entendi o porquê desse vazio.

Hoje estou numa nova fase da minha vida. Não apenas porque acabou de começar 2014 e as resoluções que naturalmente surgem, mas porque resolvi dar mais uma chance a essa nova forma de vida. Esse últimos meses estou como consultor para a PWI, empresa na qual trabalhava, além de pegar alguns projetos muito legais e me envolver com UX cada vez mais. E, além de um pouco mais de tempo para curtir minha esposa e amigos, algo vem explodindo nessa cabecinha gorda: uma necessidade louca de criar! O mais estranho: criar em geral!

Tenho vontade de voltar a tocar em diversas bandas, vontade de retomar minhas composições (seja em inglês, português ou qualquer outra língua… rs), tenho uma vontade louca de retomar algo que fazia há muito tempo que é desenhar e sempre achei que era ruim demais para fazer, talvez ir para pintura também e, algo que há tempos não conseguia me empolgar para fazer que é isso aqui: escrever!

Assim como acontece no meu trabalho, não consigo desligar. Sem falar na cobrança. O famoso “8 ou 80″ que me assombra há tempos. E com isso, vou deixando o que eu gosto se não for pra fazer algo que seja maravilhoso e que agrade todo mundo. Como na própria frase do começo desse post, isso é ridículo e, infelizmente, perdi alguns anos da minha vida por conta disso. E até trocaria a palavra “sucesso” por “felicidade” mesmo.

Criar é algo ótimo. Hoje percebo que, mesmo essas palavras piegas que talvez não “bata” em você do jeito certo, elas precisam ser colocadas para fora. E se caso você se identifique, eu realmente recomendo que você dedique tempo para fazer o que realmente gosta. E tente criar algo com o que você sabe… Cobrança zero! (Você já tem o suficiente de cobrança no seu trabalho). Você vai se surpreender.

Esse post é mais um desabafo do que um conteúdo específico. Logo menos devo colocar algo novo por aqui, seja sobre música, seja sobre filme, seja sobre política, seja sobre mim, seja sobre você, e o melhor de tudo é que realmente me fará um pouco mais feliz na vida. Seja bom ou ruim, será meu e sincero!

Mais uma vez, obrigado por chegar até aqui!


Smallville – Um homem não tão de aço

“Eles podem ser grandes pessoas, Kal-el… Eles desejam ser… ” – (Jor-El, interpretado pelo eterno Marlon Brando no filme Superman de 1977)

Ao contrário dos outros posts, peço apenas a você, amigo / leitor, que tente lê-lo com duas situações em vista:
- um mundo mais justo, talvez com heróis com ou sem poderes, seria muito melhor.
- um pouco de fantasia não faz mal a ninguém e você acredita nisso (mesmo que no seu dia-a-dia não). Entre no “faz-de-conta” e divirta-se.

Estou para fazer esse post há mais de 4 meses. Sim! Se você não sabe, Smallville acabou no dia 13 de Maio (recomendo ler o post mais imparcial do site Omelete). Alguns fatores me levaram a demorar tanto: uma neurose de rever TODOS EPISÓDIOS das 10 temporadas, um obsessão de pesquisar sobre diversos personagens na mitologia, além de um paralelo (assistindo 2 temporadas) para entender o porquê de Lois & Clark não ter tido o sucesso da série do menino super-poderoso de Pequenópolis. Ah, e lógico: um ciclo de trabalhos que quase não me permitiu aguentar o tranco. Para não enlouquecer com a correria em que vivo no momento, resolvi parar um tempo e escrever esse post… Por isso, aqui estamos…

Não dei muita bola quando ouvi o nome “Smallville” pela primeira vez. Não associei ao herói. Um dia, alguém me explicou que era a história do Clark Kent ainda em sua cidade Natal. Realmente fiquei interessado, uma vez que nos filmes só tínhamos um “resumo” do que era sua vida lá. Alfred Gough & Miles Millar arriscaram certeiramente ao trabalhar o conceito.

Você pode não ser fã de Superman, mas não há como negar que o Piloto da série é um dos melhores retratos do herói enquanto ser habitante da Terra. A maneira como trabalharam o relacionamento com os pais, amigos de escola, Lana Lang e sua fraqueza-mor: kryptonita verde. Isso tudo contextualizado à realidade dos dias de hoje, onde temos internet, celulares e diversas outras tecnologias. Isso, acredito, foi muito bem inserido nessa versão da mitologia. A história é contada de uma maneira tão crível (lembre-se dos pontos do começo do post) que é aceitável até a inserção de Lex Luthor como alguém próximo à idade de Clark e residente em Smallville.

Durante a série tivemos diversos altos e baixos (como em qualquer série que consegue durar mais do que 5 anos). As primeiras 3 temporadas são ótimas e caminhavam para algo fiel ao que conhecemos. À partir da 4ª temporada começamos a sentir a tendência da série. Lois Lane entra na parada mostrando que o que conhecemos caminhava para algo diferente. A princípio eu sempre achei que a idéia era a série terminar enquanto “Smallville” e, uma vez que ele se tornasse Superman, a série viraria algo como “Metropolis” e continuariam ainda com Tom Welling a história por lá. Não foi assim, mas não posso dizer que não gostei do destino. A jornada que comprometeu um pouco…

Lex Luthor, Lana Lang, Lois Lane (incrível a quantidade de “LL”, não? rs), Perry White, Oliver Queen (Arqueiro Verde), Jimmy Olsen (bela maneira de retratar, by the way), Zod, Arthur Curry (Aquaman), Bart Allen (Impulso, em uma das realidades filho do Flash), entre centenas de outros personagens como a Sociedade de Justiça da América e a Legião. A cada aparição percebíamos a melhora da história do episódio e consequentemente, ápices na série. Sinceramente, a série não atingiu o nível de estabilidade de comédias em geral por conta dos “apelos” dos roteiritas e produtos ao longo dela. Personagens como Apocalipse (Doomsday) aparecendo e forçar a barra entre Lana Lang e Lex Luthor (momento Dawnson’s Creek da série) realmente derrubaram a audiência e paciência de fãs da série. Tanto que os índices são claros depois da 4ª temporada. Uma vez que resolveram parar com essas “baboseiras” a série voltou aos seus eixos. Eu compararia as 2 últimas temporadas ao mesmo nível das 3 primeiras.

Alguns pontos que acho muito legal em Smallvile e devem ser destacados:

- Clark Kent foi tratado na série como um humano com super-poderes, mas acima de tudo, um humano. As dúvidas e questionamentos que surgem ao longo dos episódios, ao meu ver, encaminham seu destino a se tornar o salvador da humanidade. Você consegue ter empatia pelo personagem e, apesar de todas as perdas e resgate de poderes ao longo da série, ainda assim monta sua personalidade enquanto ser superior e justo. Uma música que mostra isso perfeitamente é “Superman” da banda Five for Fighting. Vale a pena!

- Lex Luthor não é um cara mal por natureza. O ambiente e escolhas feitas que o tornam um dos maiores inimigos da história dos quadrinhos. Assim como Clark, nós vemos sua jornada culminar no vilão que todos conhecemos (seja por qual mídia for).

- Não importa o quão legal um herói seja, o que o faz ser o que é são seus inimigos. Isso Smallville soube retratar na sua maioria das vezes (por favor, Apocalipse só faltava o zíper do Spectroman para ser pior) perfeitamente. Além do próprio Lex Luthor, muitos apareceram para encaminhá-lo para seu destino. Nas “pesquisas”, é o que me leva a crer o fracasso da série predecessora “Lois & Clark”, onde tínhamos inimigos até conhecidos na mitologia do herói, mas retratados mais para a comédia do que para ficção em si.

- Como pôde durante todos esses anos “a melhor repórter do incrível Planeta Diário e uma das melhores do mundo” não conseguir perceber que Clark Kent e Superman são a mesma pessoa? Para mim, sempre foi um ponto a se destacar. Apesar de Margot Kidder ser a única que conseguiu esse feito ser possível (assista os filmes de Richard Donner e repare que ela praticamente não olha para ele, sempre de relance e já com o preconceito), Teri Hatcher e Noel Neil (principalmente a primeira) seriam perfeitas imbecis se não descobrissem quase de imediato a verdade. Em Smallville eles conseguiram torná-la menos idiota e fazer jus à fama da personagem. Apesar de ousado, acredito que essa seria o verdadeiro mérito de Lois Lane: descobrir até quem era o misterioso salvador com o símbolo S. Mesmo com todo o medo que tinha da cagada que poderiam fazer, ganhou meu respeito por terem quebrado esse estigma defasado da mitologia do Superman. Ponto para os roteiristas!

- Mesmo com falhas, analisando toda a série, conseguiram finalizar mantendo a idéia original e, apesar de todas as falhas no meio do caminho que é comum numa série de ficção tão extensa (vide “Arquivos X”), abriraram e fecharam com chave de ouro. Deveram um pouco aos fãs ver Tom Welling realmente vestido com a fantasia (no último episódio não temos uma visão total frontal, lateral ou sequer real, apenas CG), mas não compromete o intuito que é mostrar antes de se tornar Superman. Vale muito à pena ainda assim.

Quanto pensei em escrever esse post, tinha centenas de idéias e contextos para embasá-lo. No entanto, além de demorar de mais para fazê-lo, nunca acharia o caminho perfeito para terminá-lo. Portanto, resolvi trazê-lo mais para o pessoal como sempre fiz nos meus post ao invés de trabalhar uma análise fria e absoluta.

Há um mês mais ou menos vi um retweet da opinião de Grant Morrison sobre a diferença entre o Batman e Superman: “Superman passou a infância colhendo feno em uma fazenda e é um herói da classe operária, por isso as pessoas não gostam dele. Já o Batman é um bilionário que dorme até as três da tarde, veste uma roupa de borracha e sai pra dar porrada nos pobres.”. Ressalvas à análise social, mas a idéia é brilhante! Todos nós podemos ser o Batman (vide Sheldon Cooper sobre isso… rs) com as ferramentas apropriadas, mas nunca poderemos ser o Superman. Além de super-poderes, ele é um “Jesus Cristo fictício”, ou seja, nunca nos decepcionará tal qual nunca seremos como ele. Ele é um ideal intocável. Achar o meio-termo entre isso e sua humanidade é o que Smallville consegue fazer… Durante a série temos diversos exemplos do que aconteceria se Clark Kent se desvirtuasse de seu caminho, e o fato dele ter crescido numa fazenda com ótimos pais que eram Jonathan e Martha Kent o encaminhou para o bem.

É normal ouvir as pessoas dizendo “Superman não tem graça! Ele pode tudo!”. Por muito tempo eu pensei assim… No entanto, não é esse aspecto que pego do personagem… É seu senso de justiça, de melhorar sempre e em momento algum fazer o mal ao próximo. Preservar a vida acima de tudo e utilizar seus dons para algo bom para humanidade e seu próximo. Alguém já ouviu esses preceitos em alguma religião? rsrsrs… Brincadeiras à parte, para mim é isso que temos de levar do Superman.

Fale o que for, mas é muito comum vermos crianças adorando Superman, querendo voar e ter poderes… Muitas delas por sofrer o famoso bullying na escola (essas adorariam mais ser o Batman pra descer o cacete nos moleques), outras por ainda serem puras suficiente para acreditar na bondade. Em verdade, não seria melhor todos pensarmos assim? A vida nos inflinge diversas atrocidades que nos faz deixar de acreditar até em algo maior. Existindo Deus ou não (não me importa sua religião nesse contexto… mesmo…), pensar que podemos ser melhores e mais justos não faz mal a ninguém… E, sinceramente, isso que está faltando no mundo…

A base do que é o Superman é resultado de amigos bons, experiências boas com os que o rodeiam e, principalmente, educação! Isso faz com que ele seja quem é… Com ou sem poderes (como é demonstrado na série), ele é o Superman. A perfeita definição de “incrível” se encaixa ao personagem, com ou sem poderes. Somos humanos e falhos, por isso não conseguimos acreditar existir alguém como ele… Mas sendo através do Superman, Jesus, Alá, Budda, Bob Esponja, ou qualquer outro personagem do mundo, é sempre possível querer ser melhor… Basta você acreditar e tentar…

Filosofias à parte: se você começou a ver Smallville e parou no meio do caminho (diria entre a 5ª e 8ª temporada), tente assistir todas e finalize a saga. Vale muito à pena.

Acho que é isso… Desculpe pelo sentimentalismo barato em algumas partes, mas estava precisando jogar essas besteiras para fora… rsrs… Espero que tenha gostado e, como sempre, comente… A idéia desse blog é ser como uma conversa descontraída num café no trampo, ou ainda, uma bela cerveja com amigos no bar… Sem vocês, são só palavras largadas…

Abraços e sinceros agradecimentos se chegou até aqui… “Up, up and away!”


Folha em Branco – Eu só quis dizer…

“Ninguém é capaz de escrever bem se não sabe o que vai escrever” (Matoso Câmara Junior)

Engraçado eu citar essa frase nesse texto… Há uns 14 anos eu achei na ETFSP (Escola Técnica Federal de São Paulo) um caderno que na contra-capa tinha essa frase. Como não havia o nome do dono, acabei ficando com ele e sempre o usava para escrever. O engraçado é que procurei especificamente essa frase para iniciar esse post por conta desse caderno…

Meu último post foi inserido há quase 3 meses. Muita coisa aconteceu desde então: viajei para Mendoza para “estudiar español”, marquei data do meu velório (digo, casamento… rs), voltei ao trabalho, tive problemas em família, troquei de computador, reencontrei amigos, toquei com a minha banda Chevy 69, comecei outros projetos pessoais e profissionais, voltei a jogar CS com a galera do trampo (John_McClane is baaaack!!), entre outras coisas. Mesmo com tanto acontecendo, não sabia sobre o que escrever…

Abusei na viagem e comprei uma renca de DVDs, até mesmo aqui no Brasil já tinha vários para assistir… A trilogia “Man with no Name” de Sergio Leone / Clint Eastwood é um ótimo exemplo. Até pensei em escrever, mas não senti o clima ainda (e ainda estou no “For a few dollars more”, o segundo). Quem sabe quando terminar… Talvez tente falar deles cruzando com “Once upon a time in the west”“The Unforgiven”… Sei lá… A verdade é que nesse momento falta algo que é primordial para escrever: inspiração.

Sei que inspiração não é capaz de produzir algo bom sem transpiração (tentarei evitar os clichês e citar Thomas Edison sobre talento e genialidade, ok? rsrs), mas sem um norte básico, uma epifania, um conceito… sem esses elementos, escrever se torna impossível…

Particularmente, gosto muito de escrever… Há alguns assuntos com os quais me identifico mais, como filmes e música (os quais foram carro-chefe desse blog até o momento), mas pretendo escrever sobre minha profissão, sobre web em geral… Não todos os dias, mas pretendo compartilhar com todos que lêem os posts algo e talvez ensinar algumas coisas que aprendi ao longo dos (poucos) anos na área…

Não vou me prolongar por saber que esse texto prolixo tende a irritar quem o lê. Por isso, agradeço desde já o o seu tempo aqui…

Acredito que com o tempo possa melhorar esse vazio de idéias que me toma no momento, mas por enquanto, só queria compartilhar que pretendo dar continuidade ao Blog logo menos…

Algumas dicas que acredito pertinentes para quem também passa por momentos assim:

  • Se você gosta de escrever, escreva… Publique… Compartilhe… Eu, por exemplo, creio que saber que não estou sozinho nesse “blank” momentâneo me fará bem…
  • O primeiro passo sempre é o mais difícil… Por isso, dê-o com segurança! Escreva sobre algo que realmente gosta de uma forma confortável para você. Pode não ser seu melhor texto, mas será o melhor pro momento e servirá de referência para seus textos futuros. A tendência é que sempre melhore…
  • Pesquise assuntos relacionados para se embasar… Sua opinião nem sempre está bem formada até você perceber que alguém pensa diferente e argumentar contra ou a favor pode reforçar seu texto.
  • Pelo amor de Deus: o Microsoft Office e o Google estão aí pra te ajudar na parte ortográfica e sintática. Use-os! Um erro de português pode acabar com seu argumento bem formado.
  • Se você escreve contos (como meu grande amigo Paulo Fodra), acredito que ele aprovará um link do grande Neil Gaiman descrevendo para um grupo de crianças o seu “método” de construção de uma história. Confira aqui.
  • Divirta-se!!! Acima de tudo, você deve se divertir… Se nem você gosta do que faz, ninguém mais gostará…

Há livros, blogs, apostilas, cursos e tudo mais sobre escrever… Essa lista pode ser infinita… Mas acho que é isso…

Comentários são super bem-vindos… Prometo um assunto mais legal no próximo post…


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